O Transtorno Obsessivo-Compulsivo, conhecido popularmente como TOC, é uma doença que afeta cerca de 2% da população.
Por ser algo que não é facilmente entendido, muitos acreditam que a doença envolve simplesmente manias. No entanto, a doença é muito complexa e os sintomas são muito variados, dificultando o diagnóstico. Em casos mais graves a pessoa pode ficar totalmente incapacitada para o trabalho e para a vida social.
Mas para você compreender melhor a situação, neste post, mostraremos o que é esse distúrbio e quais são os tratamentos mais indicados para o caso. Confira!
O que é TOC?
Trata-se de uma patologia psiquiátrica caracterizada por pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, conhecidos como rituais, que são repetições exageradas e irracionais.
O paciente também sofre com imagens e pensamentos insistentes que são incontroláveis. Para ele, a única forma de aliviar a tensão e a ansiedade é realizando ações repetitivas (rituais), que podem ser feitas o dia todo e, como consequência, trazer problemas para sua vida social, profissional e pessoal.
Assim, seu comportamento passa a ser irracional, seguindo um padrão determinado e extremamente rígido, ocupando grande parte do seu tempo e trazendo grande sofrimento emocional. Em alguns casos a pessoa acredita que se não cumprir esse ritual, algo grave vai acontecer. Ainda, sintomas podem piorar ou irem sendo modificados com o tempo, por exemplo, uma preocupação exagerada (obsessão) com contaminação pode mudar para preocupação exagerada com doença e, mais tarde, para dúvidas obsessivas sobre segurança.
Quais são os tipos de Transtorno Obsessivo-Compulsivo?
Existem algumas classificações para o TOC. O primeiro é definido como havendo o predomínio de pensamentos obsessivos, sem rituais complsivos. O segundo é quando há o predomínio de rituais compulsivos, tanto mentais como comportamentais, quando o indivíduo se obriga a repetir, constantemente, a mesma ação (ou pensamento) para aliviar a ansiedade, por exemplo, rezar, contar, lavar as maos ou conferir as coisas repetidamente de forma exagerada e sem sentido.
Quais são as causas?
Apesar de existirem muitas dúvidas a respeito das causas, alguns médicos acreditam que elas podem estar relacionadas com três fatores principais: a genética, o meio ambiente e a biologia.
Alguns pesquisadores apontam que o transtorno também é resultado de mudanças corporais ou cerebrais. Já outros estudos mostram que o distúrbio pode estar associado com uma predisposição genética, embora os genes envolvidos ainda não tenham sido identificados.
Ainda, há outra teoria em que infecções podem estar envolvidas. Mesmo com tantas possibilidades, o que se sabe é que a doença se manifesta apresentando diversos fatores hereditários e relacionados ao estilo de vida, como estresse e estrutura familiar.
Quais os sintomas do TOC?
Os sintomas são tantos e variam tanto de uma pessoa para outra, que seria impossível descrever todos, aqui alguns exemplos comuns:
- Pensamentos obsessivos de que pode ter sido contaminado por germes e vírus;
- Obsessão de que tem uma doença grave;
- Medo de perder o controle e fazer algo terrível contra si ou terceiros;
- Imagens intrusivas e agressivas (sexuais, se imaginar em um caixão, se imaginar agredindo, imagens de pessoas queridas com sangue);
- Medo de ofender ou dizer bobagens. Ficar remoendo se disse ou se fez algo errado;
- Dúvidas obsessivas (se fechou o gás, se apagou a luz, se atropelou alguém);
- Excessivas supertições, foco excessivo em religiosidade e moral;
- Compulsão por limpeza e organização, ordem e simetria;
- Compulsões de lavagem;
- Verificações compulsivas para eliminar as dúvidas obsessivas;
- Rezar excessivamente, contar repetidamente, pisar somente em determinados lugares;
- Acumular coisas inúteis.
Quais os tratamentos mais indicados?
A patologia pode ser controlada, evitando que ela interferia na qualidade de vida do paciente. Geralmente, são utilizadas duas abordagens de tratamento, unindo a psicoterapia comportamental e o uso de medicamentos.
Em nossa clínica utilizamos técnicas cognitivo-comportamentais, medicações, orientações práticas e, em casos que não respondem aos tratamentos convencionais, podemos empregar a “estimulação magnética transcraniana”. Mas, para conseguir bons resultados, é primordial procurar ajuda assim que os sintomas aparecerem.