São muitos os fatores que levam uma pessoa ao consumo abusivo de drogas legais ou ilegais, e as questões emocionais e comportamentais estão intimamente ligadas a eles. É por isso que a psiquiatria se mostra uma importante aliada no tratamento da dependência química.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse quadro deve ser tratado como uma doença médica crônica e como um problema social. Dependentes químicos têm suas vidas afetadas em diversas esferas, com prejuízos nas relações familiares, no trabalho, na vida social e acadêmica, além de prejuízos para a saúde.
Por isso, o tratamento para essas pessoas têm um papel de reintegração social, que considere o contexto do indivíduo e os motivos que fizeram com que ele adotasse esse comportamento.
Fatores que podem levar à dependência química
Antes de explicar mais sobre o papel da psiquiatria no tratamento contra o vício, é importante entender alguns fatores que podem desencadear esse processo.
Curiosidade
É a vontade de conhecer os efeitos de determinadas drogas, principalmente na adolescência e na juventude. Isso pode fazer parte de um processo que leva ao consumo descontrolado, mas nem todos que experimentam vão se tornar dependentes.
Disponibilidade da droga
Álcool e o cigarro são substâncias químicas legais e que podem ser facilmente adquiridas. Porém, as drogas ilegais também entram nesse ponto, pois são facilmente acessíveis.
Ansiedade e depressão e outras doenças psiquiátricas
É o que a psiquiatria chama de “patologia dual”. Frequentemente a dependência química está associada a uma outra doença psiquiátrica de base. O uso de substâncias — inclusive daquelas que podem ser encontradas legalmente nas farmácias — costuma estar associado a transtornos emocioanis. Portanto, em busca de alívio, as pessoas recorrem a substâncias. Por exemplo, a depressão pode levar ao abuso de álcool, a bipolaridade ao uso de cocaína e assim or diante,
Contexto social
Pessoas que sofreram abuso, ou que se encontram em uma realidade de vulnerabilidade social, por exemplo, podem buscar nas drogas um caminho de aceitação, não apenas para o meio, mas de si mesmas.
Essa vontade de pertencer, de se enquadrar na sociedade, também pode ser um fator para o vício. Uma pessoa com baixa autoestima pode se sentir muito pressionada socialmente a consumir drogas.
Tratamento e papel da psiquiatria
Agora, vamos falar sobre o tratamento da dependência química.
O acompanhamento psiquiátrico já está consagrado como forma de auxiliar pessoas viciadas em substâncias, podendo, inclusive, lançar mão de medicamentos que ajudem a controlar as crises de abstinência. A Estimulação Magnética Transcraniana é uma poderosa ferramenta que tem sido usada com sucesso para reduzir a fissura e manter a abstinência.
A terapia individual busca o entendimento do paciente, de sua realidade e dos motivos que o levaram ao consumo de substâncias. As questões mentais estão muito presentes nessa análise.
Por meio de técnicas da terapia cognitiva-comportamental, por exemplo, o dependente será capaz de identificar estruturas de pensamentos e emoções que levam ao consumo de droga, e transformá-los de forma positiva. Isso possibilita um resgate da qualidade de vida e do bem-estar mental.
É importante um trabalho de recuperação da autoestima, da autoconfiança e do autocontrole, tornando possível, consequentemente, a superação da dependência química.
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