insônia

Insônia: causas, consequências e tratamento

Dormir é uma necessidade básica do ser humano e possui um papel fundamental para a saúde. É através do sono que o corpo não só descansa das atividades do dia anterior, como também restaura o sistema nervoso, cardíaco, imunológico e endócrino. Isso significa que noites mal dormidas não irão causar apenas sonolência no dia seguinte. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Sono mostrou que 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia.

Muitos acreditam que a dificuldade em pegar no sono ou permanecer dormindo são problemas simples, que geram apenas transtornos e inconveniência. Mas, a insônia é considerada um distúrbio capaz de causar diversos males para a saúde.

A dificuldade para dormir pode ser classificada de acordo com a frequência, sendo aguda, crônica ou intermitente; ou de acordo com a sua causa, quando ela acontece por si só ou quando é provocada por alguma condição de saúde.

Causas da insônia

Descobrir o que está causando a dificuldade para dormir é o primeiro passo para contornar esse distúrbio. Veja quais são:

1) Maus hábitos

Falta de uma rotina de sono, como dormir e acordar em horários diferentes todos os dias, dormir com a luz ou a televisão ligadas, lugares desconfortáveis e barulhentos, são fatores que contribuem para esse estado. Além disso, ambientes iluminados atrapalham a produção de melatonina, o hormônio do sono.

2) Estresse

Toda situação que provoque estresse colabora com a dificuldade para dormir. Trabalho, família, saúde e dinheiro, além de outros motivos, fazem com que o cérebro não pare de pensar, mantendo a mente ativa durante toda a noite.

3) Depressão

Pessoas com depressão podem sofrer com falta de serotonina, neurotransmissor responsável pela regulação do sono e do humor. Além disso, a dificuldade para dormir tem impactos significativos e pode, inclusive, desencadear quadros depressivos.

4) Alterações hormonais

Mulheres em período menstrual e que passam pela menopausa podem apresentar problemas para dormir.

5) Dor

Problemas como fibromialgia, artrite e outras patologias que causam dor crônica podem interferir na qualidade do sono. Por outro lado, a insônia ou sono não reparador aumenta a sensibilidade a dor e também pode causar dores crônicas.

6) Cafeína

A cafeína é estimulante, por isso, café, bebidas à base de cola, chás, chimarrão e medicamentos que possuem esse ativo podem desencadear esse distúrbio.

Consequências de uma noite mal dormida

Estudos comprovam que uma noite mal dormida causa muito mais do que sonolência e irritabilidade no dia seguinte. Quem possui esse distúrbio está mais propenso a desenvolver:

  • diabetes;
  • doença arterial coronariana;
  • ataque cardíaco ;
  • AVC;
  • obesidade;
  • ansiedade ou estresse;
  • depressão;
  • problemas de crescimento em crianças;
  • problemas de concentração e aprendizagem (TDAH)

A insônia, o sono não restaurador, a apneia do sono, a síndrome das pernas inquietas, dentre outros problemas do sono, frequentemente são desconsiderados pelos médicos, de forma que muitas doenças são erroneamente diagnosticadas e tratadas, sem que o médico perceba que a verdadeira causa era um problema no sono. Por exemplo, muitas crianças diagnosticadas com TDAH não tem TDAH na verdade, pois os sintomas de desatenção são decorrentes de problemas no sono. O mesmo ocorre em pacientes com fibromialgia e depressão, cujos sintomas de dor crônica e desânimo podem ser, na verdade, decorrentes do sono não restaurador.

Tratamento da insônia

Em muitos casos, a dificuldade para pegar no sono dura apenas alguns dias. Mas, quando ela se torna crônica, com duração superior a três semanas, é preciso buscar ajuda médica. Primeiramente, deve-se investigar a causa da insônia. Para isso, o médico poderá fazer um questionário para o paciente e recomendar exames, como o de sangue e a polissonografia.

Uma mudança de hábitos é essencial para que o paciente tenha bons hábitos e saiba evitar elementos que podem estar impedindo-o de dormir. Certas táticas, como criar um diário do sono, anotando horários e características, podem ajudar a identificar um padrão.

O tratamento não consiste em prescrever remédios para dormir e não se baseia apenas nisso como aspecto principal. O tratamento da causa é essencial. Por exemplo, um paciente com depressão ou ansiedade se não tratar esses quadros básicos e usar apenas remédios para dormir, não terá sucesso e ainda terá grande chance de se tornar dependente destes remédios, como alprazolam, bromazepam e clonazepam.

A insônia é um distúrbio que merece atenção, pois a falta de sono interfere não só na qualidade de vida, como também pode provocar problemas endócrinos, cardiovasculares, além de ansiedade e depressão.

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