Com uma rotina repleta de atividades e a correria do dia a dia, precisamos estar alertas e vigilantes todo o tempo. Porém, quando essa vigilância extrapola certos limites e afeta o convívio com outras pessoas, pode ser um sinal da manifestação da mania de perseguição.
Conhece alguém que sofre com esse transtorno? Sabe identificar o problema? Então, continue a leitura deste artigo para saber mais sobre o assunto.
O que é mania de perseguição?
Também conhecida como delírio persecutório ou paranóide, essa “mania” é um conjunto de ideias delirantes que faz com que um indivíduo imagine estar sendo vítima constante de perseguição, complô, deboche ou traição.
Os delírios paranóides (persecutórios) podem fazer parte de diferentes quadros, como a depressão grave, o transtorno bipolar, esquizofrenia, personalidade borderline e transtorno delirante. A mania de perseguição se manifesta em diferentes intensidades.
O diagnóstico desse transtorno pode ser difícil em alguns casos. Entretanto, o mais difícil é a pessoa aceitar que sofre de uma doença e que as “perseguições” são produtos da sua cabeça. A pessoa costuma ter certeza que está sendo vítima de perseguições, deboches ou traições e não percebe a natureza patológica dos seus sintomas.
Quais são os sintomas?
Os portadores desse transtorno apresentam o isolamento social como uma tendência. Em razão dos seus delírios, elas costumam optar por não conviver e nem interagir com outras pessoas. Para identificar o problema, é preciso observar os seguintes comportamentos:
- A pessoa pensa que todos estão falando, comentando sobre ela. Pensa ser o centro das atenções de forma negativa.
- Há uma desconfiança generalizada ou localizada em um aspecto (p.ex., o cônjuge está traindo ou está sendo perseguida por um inimigo que a filma de forma secreta).
- Pensa que assuntos no rádio, TV ou internet se referem a ela.
- Pensa que riem dela na rua.
- Ouve pessoas falando dela a uma distância que seria impossível ouvir (ouve vozes).
- Não desenvolve novos relacionamentos.
- Não há um aprofundamento dos relacionamentos existentes.
- Possui baixa autoestima e baixa confiança.
- Está constantemente angustiada porque acredita nos seus delírios.
- Toma medidas para se proteger, como se fechar em casa, andar armado, deixar uma faca no quarto, desligar o celular, ficar no escuro, etc.).
Essas são as alterações de comportamento que auxiliam no diagnóstico do transtorno. Nos casos mais graves, a pessoa pode apresentar medo incontrolável, sudorese excessiva, tremores, alucinações visuais e auditivas. Em alguns casos, a mania de perseguição é uma consequência do quadro de esquizofrenia.
Como é o tratamento da mania de perseguição?
Caso você identifique alguns desses sintomas, procure um profissional especializado para ser avaliado. Ele saberá identificar a causa e realizar o tratamento mais adequado. Na maioria dos casos, o autoconhecimento é a primeira abordagem do tratamento, entretanto, a grande maioria dos pacientes são levados por familiares, pois não reconhecem os sintomas como doença.
O tratamento deve incluir o uso de medicações obrigatoriamente. A medicação usada vai depender do quadro de base, por exemplo, delírios persecutórios podem fazer parte de uma esquizofrenia ou de uma depressão grave ou de uma demência e assim por diante, sendo necessário fazer o diagnóstico da doença base para que tanto a doença como os delírios sejam tratados adequadamente.
A psicoterapia é importante para ajudar o paciente a compreender a doença e a aderir ao tratamento.
A partir dessas informações você já consegue identificar o quadro de mania de perseguição em você e nas pessoas com que convive. Porém, apenas um psiquiatra poderá confirmar o diagnóstico.
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