Depressão na mulher

Depressão na mulher: entenda por que é mais comum

O aumento significativo do número de transtornos psiquiátricos no mundo é alarmante. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 5% da população geral sofre com depressão. A prevalência desse transtorno entre a população é de duas mulheres para cada homem. Mas, porque a depressão na mulher é mais comum? Leia o artigo e entenda um pouco melhor sobre o assunto.

O que é a depressão?

A depressão é um transtorno psiquiátrico que se manifesta por uma tristeza profunda, perda de interesse nas atividades cotidianas, dificuldades com o sono, alterações no apetite e cansaço extremo.

A demora em buscar ajuda profissional é um dos fatores que mais contribuem para o agravamento do quadro que pode levar, em situações mais críticas, ao suicídio.

Causas da depressão

O surgimento do transtorno é de ordem multifatorial. Isso quer dizer que há um conjunto de elementos que contribuem para o seu desenvolvimento. Os fatores são tanto biológicos como genéticos e ambientais.

Nesse sentido, podemos dizer que existem genes que propiciam o aparecimento da depressão, da mesma forma que a pressão sofrida no trabalho e em casa podem ser um gatilho.

Depressão na mulher

A predominância da depressão na mulher é um fato comprovado. Desde que descoberto a influência do sexo como fator de risco, a quantidade de estudos aumentaram significativamente a fim de explicar a diferença.

Sabe-se que o transtorno depressivo tem múltiplas origens. Entretanto, não existe nenhuma conclusão definitiva no que diz respeito aos motivos das mulheres desenvolverem mais depressão do que homens. Porém, acredita-se que existam alguns fatores que dão razão a essa prevalência.

Neurotransmissores

A depressão está diretamente ligada à ação de certos neurotransmissores, como a serotonina, noradrenalina e dopamina. Esses hormônios são secretados em resposta a algumas situações e são responsáveis por sensações como prazer e bem-estar.

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia sugeriu que processos inflamatórios no cérebro feminino diminui a resposta do sistema de recompensa, o que não acontece com os homens.

Hormônios

Os hormônios femininos interferem de maneira considerável no humor da mulher. Durante a fase reprodutiva e menopausa há alterações hormonais significativas. Isso pode afetar a produção dos neurotransmissores, deixando as mulheres mais suscetíveis à depressão. Por exemplo, mulheres apresentam mais sintomas depressivos quando ocorre redução drástica dos hormônios femininos como estradiol: no pós-parto, antes da menstruação (TPM) e na menopausa.

Gravidez

As mudanças hormonais durante a gestação, além da pressão, insegurança e instabilidade emocional dessa fase são grandes gatilhos para desenvolver a doença. Ainda, no pós-parto, a baixa na produção dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, também está intimamente ligada com o surgimento do transtorno.

Ainda há causas psicológicas. A mulher está mais propensa a internalizar a dor e remoer sentimentos negativos. A tendência a “remoer” os problemas parece estar na base do desenvolvimento da depressão em mulheres. Homens tendem a remoer e “encucar” menos, por outro lado, “afogam” suas preocupações no álcool e desenvolvem alcoolismo com muito mais frequência que as mulheres.

Também, há fatores ambientais e psicossociais. A maneira como a mulher é vista na sociedade influência no desenvolvimento de perturbações psicológicas. Questões como a preocupação coma aparência, idade, atuação no mercado de trabalho, pressão para se casar e ter filhos são exemplos de situações que estimulam o desdobramento de transtornos mentais.

Apesar de todos esses fatores, alguns estudos ainda indicam que a depressão na mulher é mais comum devido ao fato de que elas buscam ajuda com mais frequência que homens. Dessa forma, as estatísticas não conseguem contabilizar a quantidade de pessoas que não foram diagnosticadas. Porém, é importante lembrar que Independente do sexo, depressão é uma doença e precisa de acompanhamento médico.

O tratamento traz excelentes resultados, unindo a ação de remédios e técnicas cognitivas. Casos graves ou mulheres que não podem usar medicação (gestação, amamentação) podem ser tratados sem o uso de remédios com procedimentos eficazes, como a estimulação magnética transcraniana.

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