A depressão não é uma doença nova, embora esteja recebendo maior atenção e sendo considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde. Desde a segunda metade do século XX a doença começou a ser vista como ela é e não como sinônimo de tristezas, angústias ou outros sentimentos. Neste mesmo período ela começou a ser tratada com antidepressivos que, no começo, eram também os mesmos medicamentos que atendiam alergias e a tuberculose.
Entre experiências positivas e negativas, medicamentos mais eficazes foram surgindo. Segundo estimativas, em poucos anos a depressão poderá ser a maior causa de incapacitação do mundo, sendo seus medicamentos os mais prescritos e consumidos.
Como detectar a depressão?
A melancolia já foi sinônimo de depressão bem antes no século passado. A doença pode atingir qualquer pessoa, de todas as idades, classes sociais e etnias, inclusive atingiu personalidades como Van Gogh, Abraham Lincoln e Marilyn Monroe.
No século XIX a doença ganhou status, ao atingir artistas e poetas que descreviam tristezas profundas. Só passou mesmo a ser vista como uma doença séria e que precisa ser tratada adequadamente nos últimos anos, com índices graves de aumento da doença.
Silenciosa, muitas vezes seus sintomas são camuflados por outros sentimentos e deduções (a pessoa não percebe que está com depressão), até que ela cresce e pode tornar o paciente incapacitado para o trabalho, estudos e vida social. É preciso atenção com os sinais iniciais da doença, para realizar o tratamento o mais cedo possível e conseguir atingir melhores resultados.
Listamos abaixo 4 sinais da depressão, observando sempre a continuidade dos sintomas:
1. Tristeza
A tristeza da depressão é diferente de uma tristeza que sentimos quando algo ruim acontece. É um sentimento profundo, duradouro, referido como angústia e/ou medo, acompanhado de choro e que não é causado por uma perda real ou é muito excessivo e prolongado, ou seja, desporporcional ao evento que teria causado essa tristeza.
2. Anedonia
É uma redução da capacidade de sentir prazer com atividades que antes eram prazerosas. É como se as coisas perdessem a graça. Não existe mais a alegria que a pssoa costumava sentir com as atividades da vida.
3. Mudança no sono e na alimentação
Às vezes a dificuldade de dormir pode ser o sintoma inicial de um quadro depressivo, o que aumenta ainda mais a sensação de cansaço e desânimo. A pessoa pode acordar bem mais cedo que o normal ou ter um sono não restaurador. Mas é possível também que algumas pessoas sintam o oposto, ou seja, muito mais sono que o normal A depressão também influencia a alimentação, diminuindo a fome e o prazer de comer. Alguns pacientes com depressão comem em excesso, levando a obesidade. Estudo mostram que pessoas obesas costumam ter uma depressão mais resistente aos tratamentos.
4. Desânimo
O paciente com depressão pode sentir falta de energia e de motivação. Realiza as atividades com muito mais esforço que o normal. Tudo parece mais pesado e pode cansar com facilidade.
Esses são sintomas, quando permanecem por mais que duas semanas ou retornam com frequência, podem indicar a presença de uma depressão. Os tratamentos atuais são eficazes na maioria dos casos. A nossa clínica é especializada no tratamento de quadros refratários, aqueles que não responderam aos tratamentos medicamentosos e psicoterápicos.
Um cuidado que temos que tomar é que sintomas depressivos podem fazer parte de várias outras doenças, por exemplo, desânimo pode ser consequência de uma doença hormonal ou da apnéia do sono, insônia pode ser uma depressão, mas pode ser consequência de outros problemas, como um quadro de ansiedade ou causado pelo uso de certos medicamentos ou substâncias. O diagnóstico correto é a base do tratamento correto.